fevereiro 05, 2010

Renitente capim


Pois que correm num tropel "mulas" desvairadas sobre minha cabeça, arrancam minhas mudas no jardim. Cinicamante me "tratam" como se os horrores não fossem cometidos. Vidas vazias de mortes veladas. Cheiro exalante de velhos candeeiros de lembranças. Em suas mãos nos cantos da unhas vejo o laranja das pétalas esmagadas de minhas flores roubadas nas escuras madrugadas. Feito capim renitente vicejo com todas as mandingas em contrário. Eu a largada e liberta de rebeldia e resistência. Imponho inveja entre correntes carcomidas por lágrimas crocodilantes, ondem correm desvairados fazendo círculos sem fim, sobre uma vidinha escabrosa repleta de acordes dissonantes. Corram, corram, meus pés são alados, alados cascos que pisam indeléveis nos brotos de algodão feito nuvens carregadas das melhores chuvas outonais. Putrefados estão, o odor vem com os ventos. Ares de Iansã que me carregam na direção contrária longe das blasfemias, das mentiras caluniantes e dos vermes rastejantes. Magnífica sensação!!!

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