novembro 27, 2009
Um carinho para Ni!
Meu querido, não lamente a "estada breve". Deixa a maldição dobrar esquinas. O pulsar da vida distante das prateleiras tem sentido extra-moral, onde as maçãs são saboreadas sem culpa, apaixonadamente.
Mudança
Mu continente perdido. Mu estrêla entre Marte e Júpiter.
Muda planta jovem, incertos brotares...
Dança passos cênicos, coreografias recicláveis.
Assim entre devires despejo sonhos, sobre meu corpo exausto.
Movimentos rotação, translação, giros, fontes ilimitadas. Mutantes ocasiões, silêncios transplantados, aterramento equatorial sufocante. Suspensos pés alados, lavados por frescores noturnos. Fonte amada te busco! Me refaço, somente tu conheces minha nudez de onde meu sangue brota.
novembro 23, 2009
Um poema de Poe
Só
Não fui, na infância, como os outros
e nunca vi como outros viam.
Minhas paixões eu não podia
tirar de fonte igual à deles;
e era outra a origem da tristeza,
e era outro o canto, que acordava
o coração para a alegria.
Tudo o que amei, amei sozinho.
Assim, na minha infância, na alba
da tormentosa vida, ergueu-se,
no bem, no mal, de cada abismo,
a encadear-me, o meu mistério.
Veio dos rios, veio da fonte,
da rubra escarpa da montanha,
do sol, que todo me envolvia
em outonais clarões dourados;
e dos relâmpagos vermelhos
que o céu inteiro incendiavam;
e do trovão, da tempestade,
daquela nuvem que se alterava,
só, no amplo azul do céu puríssimo,
como um demônio, ante meus olhos.
(Allan Poe)
novembro 04, 2009
Abandono
novembro 02, 2009
Trans-mutado
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