maio 20, 2010

Mia


Nuvem cinza luminosa

beleza sem igual

jeito de santa

faz o que quer

quando quer

como quer


Mia dos olhos melados

dos amassadinhos

das cinco horas pontuais

dos avisos

do amor e da paixão


Mia dos banhos intermináveis

pêlos sedosos, nós todos os dias

das arrancadas quando menos se espera

rasteirinha com visitas

dos bocejos


Mia do leite pela manhã

das escondidelas na cadeira

do xixi fora da caixa

das reflexões gáticas

do sutil inesperado

dos colos ternos


Mia dos passos lentos

instintos profundos

drogada na madrugada de azaléia

sono roncante

sonhos agitados


Mia do miado de rainha

do virus intestinal

do peito de frango com batata

liquidificado

da viagem

do arranha espaldar


Mia donzela, bela, fera

do meu balaio...

estirada no edredon

nas noites frias

no verão não me dá bola

Nenhum comentário:

Postar um comentário