junho 09, 2009

Sina




Sou minha própria droga
Agulhas cravam
Dose exata
Carne dilacerada da vida
Líquido viscoso
Seringa repleta de vazios
Viagens viscerais
Veia pulsa lenta
Descompassada
Saturada
De novas tintas

Aberrações psicodélicas
Recomposições de velhos acordes mentais
Vestido de inspirações
Fazem brotar flores
No pavimentado coração alheio

Sina, sina, sina
Traficante de ilusões
Promessas de analgesias
Utopias em papelotes extraviados
Giram por entre caminhos

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